sábado, 16 de abril de 2016

Ele assistia a tudo impassível. Havia algo de profundamente poético no silêncio. O mundo em movimento, tremendo, chorando, sacudindo-se em seu fogo mais profundo; ou na calma, o sol que desponta o sol que se desmonta. Assistir à vida como quem assiste televisão, não perdão, televisão não...como quem vem um bom filme, num velho e cómodo cinema. Sempre um novo filme, sempre sem pagar entrada. Há uma espécie de provocação nisso, um pequeno esgar de sorriso irónico, um profundo desdém.
Que impeachment nem meio peach, ele não sabe, ele assiste. Não torce, não grita, não se posiciona.
Um pouco previsível todo este filme, não por isso menos entretido, nem por isso mais emocionante.
A poesia no entanto, ainda está por encontrar...

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