domingo, 3 de abril de 2016

"Reo-reo."

Ele espera através de um gesto explicar todo um universo.

Eu não sabia que sabia o que é um reco-reco.

Ele não fala muito bem, ainda, esqueci-me de referir.

"Reco, reco mamãe!"

E lá de um canto escondido, de uma memória que não parecia nem me pertencer, oiço-me dizer:
Claro, da capoeira, o reco reco.

Ele sorri aliviado que a sua intérprete no mundo não lhe tenha falhado.

Eu sorrio feliz porque sou sua intérprete.

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