segunda-feira, 30 de maio de 2016

Acordei meio acordado
de um sonho que não havia sido sonhado.
Tropecei assombrado,
no impedimento que não tinha ainda chegado.
Caí inteiro de peito aberto,
e um espelho terminou,
de beijar o sonho, que ninguém sonhou.
Mordi a língua que não dissera nada,
com um dente que se quebrara.
O dente ficou na língua,
cravando a lembrança do que não estivera.
Acordei meio adormecido
para uma ironia sem sentido.

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